Nossas Origens:
Irmãs Franciscanas de Ingolstadt, as Irmãs do Vale das Graças!
Nossa Congregação nasceu na Região Alemã da Baviera, no século XIII, na cidade de Ingolstadt, às margens do Rio Danúbio. Ao longo da história, Deus foi conduzindo nossa Congregação para caminhos diversos e nossos campos de atuação foram se definindo conforme a Deus nos conduzia:
Século XIII – Fundação – Beguinas
Duas jovens nobres, Diemuth Thrailacherin e Margareth von Puch, iluminadas pelo Espírito Santo de Deus, abandonam sua casa paterna e se dedicam a iniciar uma vida de serviço a Deus e aos pobres, como irmãs de todos. Eram denominadas “Beguinas” ou “Irmãs das Almas”.
Século XV – Franciscanas
Francisco de Assis iniciou seu movimento no Século XIII, e sua espiritualidade e forma de viver o Evangelho se difundiu em toda a Europa.
Devido à presença e forte influência dos Franciscanos na cidade de Ingolstadt, as Irmãs sempre tiveram uma forte ligação com o Carisma e Espiritualidade Franciscana.
No século XV, as Irmãs decidem aderir oficialmente ao Movimento Franciscano e professam definitivamente a Regra de Vida da Ordem Terceira Regular de São Francisco e se tornam oficialmente religiosas desta Ordem.
Século XVII – Monjas
Neste século eclodiu na Europa a Guerra dos 30 anos e, devido à realidade social e política da Alemanha, por ordem do Duque Maximiliano I e do Papa Urbano VIII, e também motivadas por inspiração divina, as Irmãs assumem a Clausura total e se consagram a Deus como monjas, vivendo todo o tempo encerradas no Claustro de Gnadenthal, dedicando-se ao à vida de Oração, de Trabalho e de Fraternidade.
Século XIX – Professoras
Em tempos de secularização e de governo anticlerical, a Congregação passa por um novo momento e risco de encerrar suas atividades.
Em 2 de março de 1802 recebeu a ordem de que seria um “Convento central e terminal”, ficando, assim, proibida a admissão de novos membros, aguardando apenas a morte de todas as Irmãs que ali viviam.
Graças à atuação da Irmã italiana, Úrsula de Lucca, que serviu de instrumento para o reerguimento da Congregação, por meio de um pedido, feito por ela a um amigo do rei, por graça de Deus foi concedida a possibilidade de admissão de novas Irmãs, desde que elas se propusessem a trabalhar no ensino da Juventude Feminina da cidade, ao que as Irmãs prontamente responderam que sim, assumindo assim uma nova frente de trabalho da Congregação: a Educação.
Século XX – Missionárias
Devido à perseguição nazista, as Irmãs passaram a ter dificuldades de desenvolver seu trabalho na Escola Gnadenthal e o Convento passou a ser perseguido; a fome e a Guerra assolavam a Alemanha. Neste período, as Irmãs decidiram mudar os rumos da Congregação e a motivação foi desenvolver um trabalho missionário no Brasil.
Um primeiro grupo de cinco irmãs desembarcou no Rio de Janeiro, em 12 de outubro de 1938 e, em dezembro do mesmo ano, seguiram para Aiuruoca – MG; no ano seguinte, um segundo grupo de sete Irmãs juntou-se a elas, sendo que algumas seguiram e se estabeleceram em Baependi – MG.
Em 1947, parte da Comunidade das Irmãs se transferiu para São Paulo(*) em vista de perspectivas futuras: garantir a subsistência das Irmãs, aumentar o número de seus membros e expandir a nobre missão do Vale de Graças.
Pouco a pouco, as Irmãs foram marcando presença em algumas cidades das regiões do Sudeste, Sul e Norte do Brasil.
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(*) N.B. – Em dezembro de 1948, o Colégio Santa Edwiges foi entregue às Irmãs Preciosinas, de Belém do Pará, e as Franciscanas de Ingolstadt deixaram definitivamente Aiuruoca.