(…) Paulo é um profundo conhecedor do mistério de Cristo. Desde o início da sua Carta ele não segue os argumentos superficiais utilizados pelos seus opositores. O Apóstolo “voa alto” e também nos indica como agir quando surgem conflitos dentro da comunidade. Apenas no final da Carta, de fato, é explicitado que o cerne da diatribe suscitada é o da circuncisão, portanto a principal tradição judaica. Paulo opta por ir mais a fundo, porque, o que está em jogo é a verdade do Evangelho e a liberdade dos cristãos, que é uma parte integrante do mesmo. Ele não se detém na superfície dos problemas, dos conflitos, como somos frequentemente tentados a fazer para encontrar uma solução imediata que nos ilude a pensar que todos podemos concordar com concessões. Paulo ama Jesus e sabe que Jesus não é um homem-Deus que faz concessões. Não é assim que funciona com o Evangelho e o Apóstolo escolheu seguir o caminho mais exigente. Escreve: «É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus?». Ele não procura fazer a paz com todos. E continua: «Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo!» (Gl 1, 10).
(…) Quão imperscrutáveis são os caminhos do Senhor! Tocamo-los com as nossas mãos todos os dias, mas especialmente se pensarmos nos momentos em que o Senhor nos chamou. Nunca devemos esquecer o tempo e a forma como Deus entrou na nossa vida: ter fixo no coração e na mente aquele encontro com a graça, quando Deus mudou a nossa existência. Quantas vezes, perante as grandes obras do Senhor, surge espontaneamente a pergunta: mas como é possível que Deus se sirva de um pecador, de uma pessoa frágil e fraca, para realizar a sua vontade? E no entanto, não há nada de casual, porque tudo foi preparado no desígnio de Deus. Ele tece a nossa história, a história de cada um de nós: Ele tece a nossa história e, se correspondermos com confiança ao seu plano de salvação, apercebemo-nos disso. A chamada envolve sempre uma missão à qual estamos destinados; por isso é-nos pedido que nos preparemos seriamente, sabendo que é o próprio Deus que nos envia, o próprio Deus que nos apoia com a sua graça. Irmãos e irmãs, deixemo-nos guiar por esta consciência: o primado da graça transforma a existência e torna-a digna de ser colocada ao serviço do Evangelho. O primado da graça cobre todos os pecados, muda os corações, muda a vida, mostra-nos novos caminhos. Não nos esqueçamos disto! (Papa Francisco)
Queridas Irmãs:
Na festa de São Paulo, hoje, dia 25 de janeiro, ressoe em nossos corações as palavras de Paulo que entoamos em nossas liturgias:
“ainda que eu fale a língua dos homens, ainda que eu fale a língua dos anjos, serei como bronze que soa em vão, seu eu não tenho amor, amor aos Irmãos”.
O amor é paciente e tudo crê… é compassivo, não tem rancor. Não se alegra com a injustiça e com o mal. Tudo suporta! É dom total…
O amor é dom supremo: 1Cor 13,1-9.
Paz e Bem!
Ir.Romana