Escolhendo segui-Lo, estaremos respondendo SIM ao convite recebido de Deus.
O primeiro chamado recebido de Deus foi à vida, Ele já nos conhecia e amava. “Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado”. Jr 1,5
O segundo, é o chamado à fé, para fazer parte da sua família, como filhos de Deus e o terceiro, a um estado de vida particular.
Diante do chamado do Senhor, que nos chega de mil maneiras, mesmo por meio de pessoas, acontecimentos felizes e tristes, às vezes a nossa atitude pode ser de rejeição, porque nos parece em contraste com as nossas aspirações; e também o medo, porque o consideramos muito exigente e incômodo. Mas o chamado de Deus é amor, e se responde a ele somente com o amor, nos ensina o Papa Francisco.
Esse convite, o chamado, não pode ser tratado como uma obrigação. Pois, é o momento em que Deus coloca no nosso coração a vontade de ser seu discípulo e viver segundo o Evangelho.
Não há um segredo para ser chamado, isso acontece porque está nos desígnios de Deus. Faz parte do chamado e da resposta, uma relação pessoal e intransferível com Deus. Esse convite já foi proposto em nós antes do nascimento e cabe a cada um escolher se segue ou não o caminho inspirado por Ele.
Como dito, o chamado não é uma obrigação. O Senhor propõe: “Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me! Mt 19, 21
Vou aceitar o convite, o que irei fazer?
O Papa Francisco nos oferece luz para essa dúvida: o caminho dos dois primeiros discípulos de Jesus.
A cena se passa no rio Jordão, um dia após o batismo de Jesus. E foi o próprio João Batista quem apontou o Messias para dois deles com estas palavras: ‘Eis o Cordeiro de Deus!’”.
Aqueles dois discípulos, “confiando no testemunho do Batista, seguem Jesus que o percebe e pergunta: ‘O que estais procurando?’, E perguntam-lhe: ‘Mestre, onde moras?’ Jesus não responde: “Eu moro em Cafarnaum ou Nazaré”, mas diz: “Vinde ver”. Não é um cartão de visita, mas um convite para uma reunião”.
“Os dois o seguem e naquela tarde permanecem com Ele. Não é difícil imaginá-los ali sentados, fazendo perguntas a ele e, sobretudo, ouvindo-o, sentindo que seus corações se aquecem sempre mais, enquanto o Mestre fala”.
“Eles sentem a beleza das palavras que correspondem à sua maior esperança. E de repente descobrem que, à medida que escurece à sua volta, explode neles, em seus corações, uma luz que somente Deus pode dar”.
Terminado o encontro com o Mestre, “eles saem e voltam com seus irmãos, essa alegria, essa luz transborda de seus corações como um rio caudaloso. Um dos dois, André, diz a seu irmão Simão – a quem Jesus chamará Pedro quando o encontrar-: ‘Encontramos o Messias’”.
Esse encontro com Jesus, explicou o Papa Francisco, é um encontro “que nos fala do Pai, nos faz conhecer o seu amor. E assim também em nós surge espontaneamente o desejo de comunicá-lo às pessoas que amamos: ‘Encontrei o Amor’, ‘encontrei o Messias’, ‘encontrei Jesus’, ‘encontrei o sentido da minha vida’. Em uma palavra: ‘Encontrei Deus’.