A Carta Encíclica traz ensinamentos sobre Fraternidade e Amizade Social no mundo
Quando em vida, São Francisco de Assis cultivava uma mensagem de “Fratelli Tutti” para seus irmãos e irmãs, ele ensinava que devemos viver em uma fraternidade ampla, que ama, valoriza e respeita todas as pessoas e criaturas.
Inspirado nas palavras e no caminho de luz percorrido por São Francisco de Assis, Sua Santidade, o Papa Francisco, escreveu uma encíclica para nos mostrar como podemos melhorar o mundo em que vivemos.
Fratelli Tutti: a Encíclica de Papa Francisco
Nessa Encíclica, o Pontífice escreve a mensagem de que a fraternidade e a amizade social são os caminhos para um mundo melhor.
Publicada em 2020, a Carta Encíclica possui a finalidade de aproximar todas as pessoas e auxiliá-las em um caminho de amor e paz. Ademais, o título escolhido pelo Papa Francisco está diretamente ligado à sua mensagem inicial, proferida em 2013:
“Rezemos sempre por nós, uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade”. Com essas palavras, o Pontífice mostrou como seu magistério seria: uma relação de fraternidade entre bispo-povo.
A Carta fala sobre a fraternidade entre todos, homens, animais e terra. Papa Francisco salientou que a carta traz luz ao tema de que “ninguém está sozinho” e “que chegou a hora de pensarmos como uma única sociedade”.
Temas da Carta Encíclica
A Carta Encíclica é dividida em 8 capítulos, sendo o primeiro nomeado “As sombras dum mundo fechado”. Nesse início, são questionados diversos temas, como:
- Manipulação dos conceitos de justiça, democracia e liberdade;
- Egoísmo;
- Falta de interesse pelo bem comum;
- Desemprego;
- Racismo;
- Tráfico de pessoas e órgãos;
- Pobreza;
- Desigualdade Social e outros assuntos importantes
O título do segundo capítulo é “Um Estranho no Caminho”, que aborda uma sociedade que não olha para o próximo e que não sabe cuidar do próximo;
O terceiro capítulo chama-se “Pensar e agir em um mundo aberto”, levando-nos a refletir sobre a caridade, a comunhão e o amor aos nossos irmãos.
“Um coração aberto ao mundo todo” é o título do quarto capítulo da carta. Nesse tema, são explanadas as dificuldades de imigrantes que fogem das guerras, catástrofes naturais e perseguições.
É destacado, também, que devemos acolher e proteger esses irmãos que estão em busca de um novo lar, mais seguro e tranquilo.
No quinto capítulo, nomeado “Política melhor”, apresenta-se a caridade a serviço do bem comum e nos leva a reconhecer o valor do povo, a necessária proteção do trabalho e o desenvolvimento de ações comprometidas com o bem e a promoção da vida para todos.
Segundo a Carta, a verdadeira estratégia contra a pobreza não visa somente acolher os necessitados, mas também, promover uma nova perspectiva da solidariedade.
O sexto capítulo “Diálogo e amizade social” nos leva a entender que todo o encontro que temos, com pessoas do nosso círculo de amizade ou de outros povos, pode proporcionar grande aprendizados e crescimento.
“Percursos dum novo encontro” é o tema do sétimo capítulo. Pelo texto aprendemos que a paz é uma ação proativa, com a finalidade de formar uma sociedade comprometida com o serviço aos outros.
É citado, também, que a paz e o perdão andam juntos. Dessa forma, amaremos o próximo, principalmente os opressores, na busca da reconciliação e do mútuo desenvolvimento.
A oitava e última parte da carta, chama-se “Religiões ao serviço da fraternidade no mundo”. Neste capítulo final, Sua Santidade comenta sobre o ecumenismo e o caminho entre a paz e as religiões.
Por fim, o Papa explica que pode haver fraternidade na religião se for garantido o direito da liberdade de religião para todos os crentes.
Lições ensinadas pela Carta
Com a leitura da “Fratelli Tutti”, é possível aprender inúmeras lições valiosas, caminhos que promovem mudanças que impactam na vida de todos.
Agir com empatia para com o próximo se mostra uma das maiores qualidades que o ser humano pode ter. Segundo o Papa, na escritura, Jesus ensinou-nos a nos tornarmos vizinhos próximos uns dos outros.
Outra lição é que é preciso criar políticas eficientes para a solução dos problemas do mundo e que as pessoas, de diferentes lugares, devem estar a serviço de um bem maior.
Para conseguirmos um mundo mais fraterno, precisamos driblar alguns fatores que dificultam essa missão, entre eles, a falta de projetos que visam o compromisso com o próximo e o cuidado com a Casa Comum.