10.01.2023

Provocação à consciência: As consequências das nossas opções de vida

É preciso trabalhar a provocação à consciência sobre as consequências das escolhas que fazemos ao longo da vida e, para isso, podemos contar com a oração e uma relação de amizade com Deus.

Na vida, nós nos guiamos pela nossa consciência para escolhermos os caminhos que almejamos, seja por nossa vocação ou apenas porque queremos algo. Mas, às vezes, nos perguntamos se essa era a escolha certa. 

Por outro lado, podemos também nos deparar com as consequências das nossas opções de vida. Quando acontece, é necessário estabelecer critérios sobre os aspectos que envolvem essas escolhas.

O Papa Francisco ressaltou na audiência semanal, que é preciso ter autoconhecimento para lidarmos com as consequências de nossas escolhas, refletindo também sobre o discernimento.

O ato de discernir sobre nossas escolhas só é possível se houver esse conhecimento. “Muitas vezes não sabemos porque não nos conhecemos bem e, assim, não sabemos o que queremos“.

Além disso, o Pontífice nos lembrou que a memória, intelecto, vontade e afetos fazem parte desse discernimento. Assim como a memória está presente em cada uma das etapas, nossa consciência também nos acompanha em cada decisão que tomamos.

Trabalhe a sua consciência sobre as consequências da vida.

Tudo o que fazemos, o realizamos por livre e espontânea vontade. O ato de escolher parece algo fácil, sem muitos obstáculos mas, na realidade, não é. 

Não importa o que decidir, sempre essa escolha terá consequências. No início da vida são decisões pequenas, entre um brinquedo ou outro. Quando mais velhos, começamos a escolher entre aspectos significativos e relevantes.

E conforme vamos crescendo, essas escolhas ficam mais complexas e decisivas, muitas vezes, voltam trazendo suas consequências. Cabe a nós, trabalhar a consciência sobre essas provocações.  

Deus, consciência e as consequências de nossas opções de vida

Deus nos proporciona o livre arbítrio, colocando em nossa consciência a vontade de trilhar o próprio caminho e forças para fazê-lo. 

Mas Ele também nos dá a graça de tomar as rédeas da vida, tendo a certeza de que enfrentaremos as consequências dos atos que fizemos ao longo do percurso. Lembramos da cena do jovem rico que, em diálogo com Jesus, quando escuta o chamado e as exigências, vai embora triste. Sabemos que é difícil lidar com os desdobramentos de nossas escolhas, principalmente, se não foram boas. 

Nem todas consequências vêm da provocação à consciência

O Papa Francisco, na Missa de Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo, pediu para que não renunciemos aos grandes sonhos. 

De acordo com o Pontífice, “o Senhor não quer que as pessoas restrinjam os horizontes, não quer ninguém estacionado nas margens da vida, mas correndo para metas elevadas, com júbilo e ousadia”.

Isso significa que nossas escolhas podem ser as melhores para nós e para os caminhos que estão sendo abertos para a vida que almejamos. 

Mas, às vezes, nossa consciência é provocada com a falta de coragem para aceitarmos que a opção escolhida foi a certa e que merecemos tudo de bom que Deus promove para nós. 

Quando isso acontece, é preciso ir em busca dEle e rezarmos para que nos ajude a passar por esse obstáculo e não termos arrependimentos. 

O Papa Francisco explicou que as pessoas se tornam aquilo que escolhem. Se escolhem Deus, são mais amadas e podem amar uns aos outros para, assim, tornarem-se mais felizes. 

“É assim, porque a beleza das escolhas depende do amor. Ser bom ou mau depende de nós. Deus apenas tira as consequências de nossas escolhas, as traz à luz e as respeita. Assim a vida é o tempo das escolhas vigorosas, decisivas e eternas”, finaliza o Pontífice.