Santa Mônica
27 de Agosto de 2024Não podia existir um biógrafo mais atencioso e famoso do que seu filho Agostinho que escreveu nas “Confissões”: “Ela me gerou na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, e com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade”.
Ainda muito jovem, casou-se com Patrício, que ainda não era batizado, tendo muitas aflições pelo comportamento do marido, de caráter difícil, propenso à ira; mas teve a consolação de levá-lo à fonte batismal, um ano antes da sua morte.
Quando ficou viúva, todos os seus cuidados dirigiram-se ao filho mais rebelde à graça, inteligente, mas, abúlico. Por ele rezou e chorou tanto, que Santo Ambrósio lhe teria dito: “Um filho de tantas lágrimas nunca poderia perder-se!” Agostinho recebeu o batismo em 387.
Passaram juntos o período de verão no porto de Óstia, aguardando a partida de Mônica para África. É aqui que Agostinho registra os últimos colóquios com a mãe no capítulo IX das “Confissões” – “eu e ela encontramo-nos sozinhos apoiados no peitoril da janela, que dava para o jardim interno da casa onde nos hospedávamos, em Óstia.Nós falávamos de coisas de infinita doçura, esquecendo as coisas passadas e projetando-nos para as futuras, e procurávamos juntos, na presença da verdade, como seria a vida dos santos, vida que nem olhos viram nem ouvidos ouviram e que nunca no coração do homem penetrou.” Mônica morreu no ano de 387 e tinha 55 anos.
Santa Mônica, rogai por nós!