MULHERES, MISSIONÁRIAS CONSTRUINDO UM “ROSTO AMAZÔNICO”.

Notícias | 20 de September de 2019

MULHERES, MISSIONÁRIAS CONSTRUINDO UM “ROSTO AMAZÔNICO”.

 

 

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“Seguir Jesus Cristo Pobre, Crucificado e Misericordioso, como” Irmãs de todos”, para promover e restaurar a vida, transformando o vale de lágrimas em Vale de Graças”. Missão das Irmãs Franciscanas de Ingolstadt.

As sandálias empoeiradas denunciavam que aqueles pés missionários estavam cumprindo o mandato de Jesus: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura”. (Mc 16,15) Foi assim que, em algumas manhãs do início de mês agosto de 2019, na cidade de Altamira, um grupo de missionários(as) leigos(as), junto com as Irmãs Franciscanas de Ingolstadt e Irmãs da Penitência e Caridade Cristã, visitaram famílias dos bairros Parque Ipê e Bela Vista. Era a “Semana Missionária” em preparação à Instituição da Área Pastoral - São Domingos de Gusmão - que as Irmãs Franciscanas irão Coordenar.

Para falar deste acontecimento histórico, elegemos dois temas: 1) Visitas; 2) Missão das Irmãs Franciscanas de Ingolstadt. Consideramos o momento histórico e as mensagens que recebemos.

Desde o princípio,

a Igreja faz visitas. Sim, isso aprendemos com o Mestre Jesus, que visitou e chamou os discípulos, que foi à casa de Maria e Marta. Visitar é nossa vocação. O jeito de ser povo de Deus na Região Amazônica tem estreita relação com visitar, construir em mutirão boas vizinhanças...

Com o apelo do Papa Francisco e com o “grito” dos povos, trazidos pelos ventos que sopram do Sínodo da Amazônia, torna-se extremamente necessário reconfigurar-se, “amazonizar-se”.

Desde a chegada das Pioneiras neste país e no decorrer destes 46 anos de vida e missão das Irmãs Franciscanas de Ingolstadt, no Estado do Pará, sempre estivemos muito próximas do povo. Ainda hoje, nossos trabalhos nas três Comunidades (Altamira, Uruará e Moju), se desenvolve com visitas, formação, trabalhos pastorais, organização popular, aconselhamentos, bioenergética, defesa da vida em todas as dimensões. Este “rosto” foi sendo “desenhado” pelos dons de cada Irmã, que aqui fez e faz história, sem deixar de ressaltar que esta é a missão da Congregação e que o Conselho Regional assumiu, sustentou e sustenta com muito carinho e respeito.

“Cristo aponta para a Amazônia, novos caminhos para a missão, tempos novos, nova esperança, nova evangelização.” (Isabel Costa- Diocese de Bragança). Compreendemos que precisamos dar novas repostas: “Vinho novo em odres novos” pois, o Espírito Santo é criativo e faz “novas todas as coisas”. Por isso, com ousadia no presente, com gratidão pelo passado e esperança no futuro, assumimos o compromisso de Coordenar a Área Pastoral (quatro bairros muito populosos). Dissemos “sim” aos apelos da Igreja em Altamira, através do pedido do Bispo Dom João. Há muitos ventos contrários, mas também muitos a favor.

Desafios como a violência, as drogas, o crescimento das igrejas evangélicas, o pluralismo cultural e religioso, estão presentes também neste cenário e dialogam com as formas de transmissão da fé que temos e com aquelas que temos que criar.

O grande número de comunidades, as grandes extensões territoriais, o reduzido número de Sacerdotes e de Religiosas, palestram com a grande riqueza amazônica, o seu povo, sua cultura, sua relação respeitosa com tudo que foi criado. São homens e mulheres, criaturas amadas e chamadas por Deus para colaborar na construção do Reino de amor, de justiça, de paz, de uma “Ecologia integral”.

Tudo isso imprime uma identidade e dita o ritmo da caminhada destes povos que cultivam suas devoções populares, novenas, círios e contam com uma presença muito forte de lideranças femininas e uma relação familiar com Nossa Senhora.

A missão assumida pela Congregação foi traduzida no gesto simbólico da entrega da Cruz por Irmã Romana Rossetto, que entregou para as quatro Irmãs da Casa em Altamira o Crucifixo. “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.” (Lc 9,23).

Foram muitos meses organizando: reuniões, planejamentos, viagens, os corações desejosos para visitar e serem visitados. Na missão também ficou visível a solidariedade e generosidade da comunidade local que, além dos “missionários”, organizou alimentação e água para todos, uma “multiplicação dos pães”. Desta forma simples e fraterna, a missão aconteceu, de casa em casa, escutando, partilhando, celebrando, alcançando vidas em nome de Jesus.

O grande dia chegou: na Missa campal, no dia 10/08/2019, no pátio da Comunidade São Domingos de Gusmão, Dom João Muniz Alves, Bispo da Prelazia do Xingu, instituiu a Área Pastoral e, como Administradora, Irmã Terezinha de Jesus de Brito e como Vice Administradora, Irmã Ionice Lopes da Silva. O Bispo falou da importância de ter a presença das Irmãs, da missão das Consagradas, e que é preciso cuidar do povo como de um tesouro de Deus, e manter viva a Esperança num Deus que caminha conosco. É preciso dar a mão, construir pontes, iniciar na fé, dar respostas urgentes, ir ao encontro de tantas vidas sedentas.

Esta já é a quinta Área na Prelazia do Xingu e a segunda confiada às Irmãs. Uma resposta nova para tempos novos. Mulheres, Consagradas, Missionárias, respondendo ao chamado e colaborando com a missão de Jesus Cristo que é a cabeça da Igreja.

Como “Beguinas, Monjas, Professoras e Missionárias, queremos viver nossa missão de transformar o “vale de lágrimas em Vale de Graças”. (Texto Ir. M. Eliane X. Eliziário e Ir. Isabel C. Simeoni)

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