Nas pegadas de Jesus

Notícias | 25 de August de 2021

Nas pegadas de Jesus
[caption id="attachment_60016018" align="alignnone" width="300"] Andreus-istock[/caption]

Seguir e servir são como duas estrelas que, desde Abraão, orientam, animam, sustentam e conjugam toda caminhada do Povo de Deus e do próprio Jesus. Ele mesmo se define como Aquele que veio para fazer, seguir a vontade do Pai até a morte e morte de Cruz. Por isso, com razão, recebeu entre outros o nome de Servo de Jahvé.

 Consequentemente, é a conjugação da dinâmica desses dois verbos que define a identidade do cristão, como o diz claramente São Francisco: A Regra e a Vida destes Irmãos é esta: [...] seguir a doutrina e os vestígios de Nosso Senhor Jesus Cristo, que diz: ‘Se queres ser perfeito, vai e vende tudo o que tens e dá aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem, e segue-me!’ (RNB 1)

Consequentemente, se a Igreja redescobriu que, no centro de sua Vida está a graça do encontro com Jesus Cristo, de seu chamado e missão, não basta que sejamos apenas católicos praticantes; não basta o espírito mundano da busca da autossatisfação de estarmos em dia com as obrigações de nossa Religião e, acima de tudo, de sentir-nos merecedores do amor de Deus e do próximo. Mas, é preciso que voltemos a ser seguidores de Jesus.

Como é esse seguimento, o diz com admirável sabedoria São Boaventura:

Se, portanto, queres saber como isso acontece, interroga a graça e não a ciência; o desejo, e não a inteligência; o gemido da oração e não o estudo dos livros; o esposo, e não o professor; Deus, e não o homem; a escuridão, e não a claridade. Não interrogues a luz, mas o fogo que tudo inflama e transfere para Deus, com unções suavíssimas e afetos ardentíssimos. Esse fogo é Deus! (São Boaventura, Itinerarium mentis in Deum).

Marina, uma franciscana secular, descobriu e viveu intensamente a conjugação desses dois verbos:

Eu me sinto pendurada entre dois mundos: o mundo dos homens aparentemente sedutor, fascinante e o teu mundo. O teu mundo é que realmente me seduz, me fascina, me convida. Tudo que é teu é meu. Tudo que é teu me chama. [...] Tu me queres aqui, no mundo dos homens e aqui eu sou e serei tua para sempre [...] Meu lema, já Te disse, é: servir, servir e servir. Minha vida será metade oração e metade serviço. Quero, como São Francisco ensinou, abraçar o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo para seguir suas pegadas (O Livro de Marina, pág. 238).

 

Frei Dorvalino Fassini, OFM

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